São Paulo, 15 de agosto de 2013 – Santa Cecilia
Fazia frio, MUITO frio, mas lá partimos nós muito
bem agasalhados para as ruas da Santa Cecilia, para mais um dia de intervenção
do projeto do Programa VAI: “Trupe DuNavô
descortina a rua!”
E a proposta dada pela mestra Suzana Aragão foi ir para a rua com palhaços “blazes”. Como seria isso? Essa figura que, normalmente, joga com o que as pessoas dão para ele na rua, que sempre tem uma carta na manga para subverter um pensamento lógico, que está sempre “disponível” para o respeitável público... Naquele dia não pode dar atenção a ninguém, não tinha tempo, estava resolvendo assuntos muito mais sérios e importantes, não podia simplesmente tocar uma música ou então acenar em resposta a um cumprimento vindo do outro lado da rua!
E a proposta dada pela mestra Suzana Aragão foi ir para a rua com palhaços “blazes”. Como seria isso? Essa figura que, normalmente, joga com o que as pessoas dão para ele na rua, que sempre tem uma carta na manga para subverter um pensamento lógico, que está sempre “disponível” para o respeitável público... Naquele dia não pode dar atenção a ninguém, não tinha tempo, estava resolvendo assuntos muito mais sérios e importantes, não podia simplesmente tocar uma música ou então acenar em resposta a um cumprimento vindo do outro lado da rua!
Pois é... Assim fomos para a rua, e não podíamos
falar com ninguém, essa era a regra da brincadeira! Ouvíamos ao longe: “Ei
palhaço, tudo bom?” e nós muito sérios respondíamos: “Não posso falar com você
agora, estou muito ocupado, me desculpe”.
Foi curiosa essa relação criada, pois em nosso dia a
dia todos estão acostumados a ignorar as pessoas e sempre dizer não! “Agora não
posso! Agora não quero!” Mas quando alguém recebe um NÃO de um palhaço,
imediatamente se coloca em um outro lugar, ela fica num estado de curiosidade latente,
é como se dentro dela algo dissesse: “Mas espera ai... porque eles não querem
falar comigo?” E ai ela começa a observar para entender o que esses palhaços estão
fazendo de tão importante que não podem responder ao seu aceno de “oi”.
Foi assim que começamos a descortinar a rua e as
pessoas que nela passam! As pessoas param de fazer o que estão fazendo no
momento para ver o que três figuras tão
ocupadas estão fazendo de TÃO importante... E em alguns momentos até se formou
uma plateia, pois as pessoas paravam para entender o que estávamos discutindo,
e eis que ai veio a surpresa: nos descobrimos exímios pensadores dos
pensamentos mais bobos, e entre nós três discutimos os mais diversos assuntos,
desde a gravidade do planeta Terra até a terrível questão: “o avião tem asa e
voa, a galinha tem asa e não voa por que?”
Foi interessante perceber a reação das pessoas ao
verem três palhaços, ali enfurnados em “seu mundinho”, discutindo coisas que
para elas não fazia o menor sentido.
Ideias... e mais ideias...
Ideias... e mais ideias...
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