quinta-feira, 25 de julho de 2013

Cecília o santo bairro...

Santa Cecília 19 de julho de 2013.
Sol lá fora...

Ir para a rua como todos os dias, ir ao mesmo destino, só que ir por outro caminho!

Se fomos sempre por ali, por que hoje não ir por lá? Por que não experienciar fazer o caminho mais longo, só por hoje?

Andamos pelo outro lado, vimos outras pessoas e perguntamos sobre Cecília, afinal quem foi Cecília? Que santa é essa que dá nome ao bairro? Que bairro é esse que tem nome de santa? Bairro profano, cheio de cortiços e cantos escondidos, cheio de gente renegada e esquecida pela sociedade, cheio de gente bonita e de gente feia, cheio de gente que é gente. Gente como a gente e gente diferente da gente! Gente!!!


E gente fala, né?  Não sabíamos que a Santa Cecília tinha tanta história...

A Dona Leris nos disse até quais são os melhores comércios pra ir e onde está o corpo de Cecília. E nós que pensávamos que ela ainda estava na Itália, que nada. Está bem ali no... Xiu, não fala alto! Quem quiser muito saber é só perguntar pra Dona Leris, ela sabe tudo e conhece todo mundo da Santa. Conhece até o moço sentado atrás de nós, ele trabalha no banco do brasil, mas não tem orgulho, então não quer falar disso.

Tem tanta história a santa que dá vontade de sentar e ficar ouvindo a tarde toda. Sabia que a Cecília compra móveis usados? E que ela gosta de música? E que ela é santa dos músicos e dos casais noivos? É tanto informação que dá tontura... Ás vezes os fatos se contradizem, porque cada um conta o que quer, ou melhor, o que sabe da história. E ai em nós vão se juntando os relatos e formando um único fato...

Hum... Isso nos deu uma ideia!

Aguardem...



quarta-feira, 17 de julho de 2013

PrivatizAção!

26 de junho de 2013
Encontro da Trupe com Caco Mattos


Enxurrada de informações, referências, textos, artistas, autores... Muito o que pensar!
As horas passam voando e ainda há muito o que ver. Mas por hora vamos contar-lhes como chegaram para nós as coisas, assim... Como uma enxurrada...

Mais do que referências o que se fixou foram as inquietações sobre a privatização das coisas... Como é se apropriar dos monumentos ditos públicos, mas que são privados? E porque algo público é fechado ao público?

O que é publico é do pobre, o que é privado não. Escola pública é escola pra pobre!” As afirmações que nos afirmam os preconceitos nossos de cada dia...

A arte deve dialogar com o espaço em que está sendo realizada. Afinal, o que é espaço publico?
A arte na rua precisa defender ou questionar, ou protestar? Ela tem que ter uma OPINIÃO?

Nos lugares públicos existem as pessoas invisíveis. Sabe, aquelas pessoas que fazem tudo funcionar e que fingimos ignorar a existência? O porteiro, a arrumadeira, o gari, o segurança... Invisíveis!

Há também os Espaços invisíveis. E como é que se faz pra perceber os espaços que a gente não percebe normalmente? Quais as possibilidades de relação com o espaço? Como evidenciar o espaço e tudo que ele contém? Como se intervém no que não está evidenciado – enquanto espaço?

Cheiros da cidade. Existem lugares que contém seus próprios cheiros... Cheiros que estão normalmente associados a lembranças. Evidenciar tudo aquilo que não quer ser visto!

O palhaço ás vezes assusta também por isso, não é? Porque ele põe lupa sobre coisas que a gente não quer ver. A miséria, o caos, os “marginais”... E revela o outro lado dessas pessoas e lugares.

E se tornássemos um espaço público em um espaço privado? O que isso causaria nas pessoas? Será que elas perceberiam?

O espaço público está em crise! O que é publico e o que é privado? Aquilo que é dito publico, como monumentos, fica cercado para que nada e ninguém os toque.

O artista não é aquele que pensa para que outras pessoas façam. Ele é o cara da prática!

A arte não é só colocar algo decorativo, é revelar que o espaço é mutante e vivo.
Podemos converter o lugar de transito em um lugar de experiência! Como você se coloca em experiência a partir daquele espaço?

Problematizar a relação das pessoas com o espaço... Espaço publico e espaço interno também!
Tudo que é espaço pode ser preenchido (ou esvaziado).
Provocar as relações estabelecidas a partir de um espaço... Porque no fim existimos a partir de onde estamos! O espaço muda o comportamento das pessoas. É só pensar nas diversas linhas de metrô... Nas regiões da cidade. E como nos comportamos de maneira diferente em cada lugar que frequentamos...

Como se pensa a mobilidade urbana sem destruir o que era natural (no sentido de natureza)? O lucro é que manda nas relações urbanas, arquitetônicas, organizacionais... A árvore custa mais do que a fachada do banco, porque não rende nada (financeiramente) a cidade! Então as árvores são cortadas sem questionamentos, porque nessa lógica capitalista é ela que está no lugar errado!

A gente não percebe as coisas que vão sendo tiradas de nós na cidade. Vamos sendo levados no fluxo, perdendo a memória do que é a cidade de verdade. E ai como dizia o poeta: “A vida é o dever que nós trouxemos para fazer em casa. Quando se vê, já são seis horas! Quando se vê, já é sexta-feira! (…) Quando se vê passaram 50 anos! Agora é tarde demais para ser reprovado...

A não apropriação do espaço público é outra questão. Ele vira um espaço somente utilitário, onde eu vou somente para utilizar por um determinado tempo e depois sou obrigado a sair, porque é publico – e sendo assim eu não posso usar quando eu quiser. São espaços que precisam ser “cuidados”, cercados, protegidos para que ninguém use de forma errada e o danifique.
O homem na cidade é obrigado a se organizar ao maquinário urbano. O homem é moldado à cidade e não o contrário! Pena!

A intervenção suscita outro olhar que não o que está programado!
Você já andou na outra calçada? Você já procurou ir para o mesmo local por outros caminhos? Você já olhou hoje a estátua como ela está? 
Nos perguntamos como puxar o olhar das pessoas para o que é invisível? E como puxar o olhar para o que é pra ser muito visível – espetacular?

Como é que eu sou o que as pessoas deixaram no caminho... O passante? O que queremos saber das pessoas? Como provocá-las a ver o novo no de novo?

O que interessa é o entre...


Toda mudança ameaça a estabilidade?
Para viajar basta existir!
Não faça do hábito um estilo de vida!
Experimente coisas novas! Mude! O mais importante é a mudança!
Edson Marx – poeta brasileiro



 



terça-feira, 9 de julho de 2013

Trupe DuNavô no SESC Belenzinho

Extra! Extra!
Domingo agora dia 14/07 e no domingo dia 28/07 sempre ás 16h terá  Trupe DuNavô
Venham, Venham TODOS
Será na Área de Convivência

É  só Chegar...



Nos vemos lá...

=0)

http://www.sescsp.org.br/programacao/5368_E+TUDO+UMA+PALHACADA