quinta-feira, 28 de junho de 2012

Por que o palhaço foi pra rua?


Parece piada, não é? Mas é sério! Trabalho de palhaço é coisa séria. Tem a seriedade de uma mãe ao dar a luz. E quer seriedade mais séria do que essa?!
Colocar o nariz e atravessar a rua... É aí que tudo se inicia; os encontros, apertos de mão, abraços, fotos... Cada quarteirão esconde uma surpresa, uma nova descoberta, um novo olhar! Ás vezes, é uma criança que se surpreende ao encontrar quatro palhaços caminhando, outras vezes, é uma senhora que se contenta com ouvidos atentos a uma história sua.
A rua é apressada e o palhaço anda lento, mas não chega a atrapalhar o trânsito quando se declara entre todos o mais bento.
Luís Fernando Veríssimo tem um texto que diz: “O homem é o único animal que ri dos outros. O homem é o único animal que passa por outro e finge que não vê”.
E daí esses quatro narizes se põem na rua pra se fazer vêr e pra fazer com que os outros se vejam.


 Saímos da Paroquia de Sant’Anna – que tem, gentilmente, aberto as portas para ser nosso ponto de apoio – às 14h do dia 20 de junho. E já saímos em grande estilo, fomos recepcionados com um largo sorriso do manobrista que queria nos cobrar o estacionamento da cadeira de rodas. A rua nos recebeu timida a principio; um bom dia aqui, um sorriso acolá e quando percebemos já estavamos familiarizados com o sobe e desce frenético das ruas tão movimentadas e ao mesmo tempo tão solitárias para alguns.
Até carona na cadeira de rodas da Rolha pudemos oferecer à uma senhora que passava subindo a rua com uma bengala. Levamos Dona Lu até o ponto de onibus e esperamos com ela na cadeira até que o dito cujo chegasse. Foi muito bom ter uma cadeira a oferecer aos seus pés cansados e um sorriso pra compartilhar com seu coração.
Encontramos também um senhor sorridente que voltava pra casa após uma visita ao dentista e Claudius até lhe ofereceu um dos dentes que leva com sigo num saquinho pra trocar com a fada do dente – afinal, nunca se sabe quando precisaremos de um dente novo, não é? E como não citar a menina Ana, que fez a mãe parar quando se deparou conosco passando pela loja da qual elas saiam. A mãe não teve alternativa quando a menina fincou os pés no chão para vêr as bolhas de sabão que Elisa Betana soltava no ar. Outro encontro foi com a Dona Denise, que distribuia papéis na porta de uma loja, ali mesmo na calçada ela nos falou sobre as estrelas – e até sobre aquela estrela intrusa na constelação Cruzeiro do Sul.
Um pouco mais a frente um morador de rua mandou que Pamplona tocasse uma música no acordeon para Rolha, pois ela estava na cadeira de rodas, ué!

São tantas coisas, tantos encontros, que para descrever cada um teríamos que escrever um livro. Mas pra isso teriamos que escrever um novo projeto. Quem sabe, não é?!

Por enquanto fica aqui um pequeno retalho dessa imensa colcha que estamos construíndo. Agradecemos aos já sólidos amigos e aqueles que estão se solidificando. É sempre um prazer poder trocar experiências e vivências!
E que seja sempre uma troca!
A via de mão dupla nos agrada muito mais do que a de mão única!


Trupe DuNavô

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Amigos... Colegas... Seres Humanos Palhaços

Boa tarde Senhoras e Senhores, crianças e crianços...
É com grande prazer que informamos que COMEÇAMOS o VAI!!!!


 Sim, nesse romântico 12/06, dia dos namorados (terça-feira) começamos o romance com o nosso projeto: “Amigos... Colegas... Seres Humanos Palhaços” contemplado pelo Programa VAI 2012.

Tivemos um (re)encontro a luz de refletores com o mestre Dagoberto Feliz, que nos deixou feliz ao nos acompanhar nessa nova caminhada. Degustamos uma conversa recheada de risadas, idéias, provocações e lembranças acompanhadas de novas possibilidades. Foram 4 horas fartas que nós deixaram com gostinho de quero mais.


1º (Re)Encontro com Dagoberto Feliz!
O bom é saber que nos esbaldamos apenas com o aperitivo, vamos ainda nos empanturrar com a entrada, o prato principal, a sobremesa e o cafezinho... Oh vida boa!

Na próxima semana estaremos nas ruas do bairro de Santana (zona norte) para gastar as calorias adquiridas e colocar em prática tudo o que foi conversado nessa gulosa terça-feira.

Estão todos convidados a apreciar essa mistura nutritiva que tem efeitos risonhos e anti-stress.
Bom apetite!

terça-feira, 5 de junho de 2012

Virada Cultural de São Caetano do Sul - Jovem Guarda

Esse ano iremos comemorar um ano desse casamento com a Secretaria de Cultura de São Caetano do Sul. Bodas de Papel, não é?
E nada melhor pra comemorar do que fazer a festa! E a festa foi em grande estilo; foram três dias de encontros e rememorações, fomos até convidados para tomar um chá numa Associação de Aposentados e Pensionistas da Cidade, lá festejamos e convocamos todos pra Virada - nem precisamos dizer que o tema empolgou a todos, né?!
A Virada veio acompanhada de muito frio, o que nos fez tirar os casacos do armário para ir às ruas - como dizem: "no inverno todo mundo fica mais bonito" - ficamos chic's demais! Modéstia à parte, estavamos uns brotos, mora?  E tinha que ser assim pra receber tanta gente bonita nessa festa de arromba.


Na divulgação o material acabava muito rápido - o que levavamos nunca era suficiente, tinha sempre mais gente interessada! As idas e vindas até a SECULT eram frequentes pra reabastecer - indicios de que essa Virada seria um sucesso estrondoso. A idéia de uma festa com esse tema despertou o interesse geral, todo mundo tinha uma história ou uma canção pra compartilhar, afinal a jovem guarda marcou época e mesmo aqueles que não viveram esse momento histórico tinham suas marcas do movimento.
E quantos tesouros pode esconder uma cidade, não é mesmo? Nesse evento tivemos a honra, o orgulho e o prazer de conhecer o Sr. Gilberto e sua esposa, numa rua pertinho da SECULT, quando jovem ele fez parte do Trio Montanhes e nos deleitou com a sua voz e suas lindas histórias - sua mulher nos contou que ele flertou com a Elis Regina, claro que ele ficou um tanto encabulado e deu uma amenizada na história dizendo que tinham sido apenas bons amigos. Por fim, os dois fizeram um dueto ali mesmo na calçada, o que fascinou os vizinhos que não faziam idéia que moravam ao lado de artistas tão talentosos. Nos despedimos com a promessa de sempre voltar ali e ouvir um pouco mais das lembranças do Sr. Gilberto e com os corações encantados pela beleza dos relatos.


A maioria das pessoas ainda não sabia do evento e até nos agradeciam pela divulgação. Os cidadãos de São Caetano são sempre imensamente gentis conosco: esse ano pudemos partilhar de aniversários no meio da calçada, tiramos dezenas de fotos, dançamos, cantamos, emocionamos e fomos emocionados - afinal é sempre uma troca!


Só temos a agradecer!
E esperar pela próximo - aqui nos sentimos em casa e esperamos poder sempre trabalhar para edificar ainda mais a cultura nessa Cidade que sempre oferece as mãos pra nos acolher.
Obrigada!
E até a próxima!