São Paulo, 12 de setembro de 2013
Passagens – De onde eu vim e para onde vou? Chegadas e partidas! O que é o passaporte? Já é algo do ser estrangeiro...
Falamos um pouco do documentário sobre Marina Abramovic (O artista está presente). Ali tudo é encenado. A vida dela é encenada! Ela escolheu ter uma vida de representação. Há uma cisão entre a representação e atuação! Ela é uma persona que vive a sua representação, que escolheu viver a sua arte em tempo integral. Até mesmo no momento em que ela está doente, no documentário, tudo é representado – a roupa de cama, o modo de lidar com a sua própria dor... Atua o tempo todo!
Lemos: “CORPO CÊNICO, ESTADO CÊNICO” de Eleonora Fabião; “Ser fiel àquilo de que somos feitos. E de que somos feitos? O horizonte: uma linha de céu e de terra. O corpo: um horizonte vertical. Corpos: horizontes tocáveis. Céu e terra: partes do corpo.”
Estética relacional – Aqui há um ponto bem importante para discutirmos sobre o trabalho que fazemos nas ruas de SP... Como é se encontrar com as pessoas? Como se aproximar? Como é a recepção? Para que não seja algo banal – cotidiano demais... Os dispositivos para abordagem é que devem ser pensados! O que pode ativar a memória das pessoas? Como? De quantas maneiras é possível? Quais sentidos podem servir como ponte de acesso? Afinal como é que eu registro um cheiro?
Mostrar imagens que provoquem memórias... Provocar uma sensação para depois elaborar o pensamento sobre a sensação! Será esse o caminho? Como pode ser a memória do momento presente? Como se registra a memória do espaço? E a que nos servem essas memórias? Como palhaços, como grupo, como pesquisa...? Porque é que a memória nos chama agora? O que a memória tem a ver com o palhaço?
“De onde vem o carisma? É o prazer de estar aqui!” – (Angela de Castro)
Quando não estamos falando com as pessoas, acabamos provocando um outro olhar sobre o palhaço. Há consciência do estado do “corpo” na rua, mesmo quando não abordamos as pessoas... Há uma ação sendo feita! Algo provoca as pessoas a se movimentar. Provocação a partir do espaço!
Qual a diferença entre performance e atuação? Pensemos!
Referências para entender o que é performance: Yves Klein (performer), Dramaturgia surrealista, Grupo Fluxus, “Brigadeiro de Colher” – Inhê Maria (grupo)
Nenhum comentário:
Postar um comentário