terça-feira, 10 de julho de 2012

Rua Alfredo Pujol – Santana/SP


04 de Julho de 2012



Esse dia em especial estava propicio para encontros, conversas, abraços e comemorações. Diferente da nossa ultima vez aqui, nós estávamos mais a vontade com aqueles olhares de estranhamento com quatro palhaços simplesmente andando pelas ruas. Fomos brindados com um belo dia típico de inverno, com aquele friozinho gostoso com Sol. Ah, e outro fato que não podemos esquecer é que era dia da Final da Libertadores da América e muitos estavam ansiosos aguardando o momento do jogo. E qualquer coisa que fizesse o tempo passar era bem vinda e nós estávamos ali justamente querendo gastar nosso tempo com qualquer um que quisesse nos dar atenção e isso aconteceu por diversas vezes em meio aos gritos de ”Vai Boca” ou “Dá-lhe Corinthians”. Ou seria o contrário? Saímos da paróquia de Sant’Anna e fomos recebidos pelo nosso amigo Sandro Henrique – manobrista da paróquia, que sentiu falta da cadeira de rodas da Rolha, que agora está usando muletas, aliás uma só, seu pé já está quase completamente sarado. Ebaaaa!!!



Começamos pela calçada da fama, que estava sendo construída em um estacionamento, e foi estreada por uma Pomba e um Elefante - que preferiram não deixar assinaturas. O nosso queridíssimo amigo de longa data James nos recebeu com um singelo café da tarde juntamente com Jafoy e a Angélica. Passamos pela Casa de São Jorge, que não estava, por que foi ao jogo do Corinthians e vimos também alguns Soldados que voltavam da Selva e outros vindo, ou indo, para a Forra, não podemos dizer bem ao certo. Ah, e presenciamos um milagre: vimos uma flor de Margarida que nasceu na espada de São Jorge pedindo paz. Corremos e registramos esse acontecimento magnânimo pra a posteridade.


Os reencontros foram doces e pueris. Ver nos olhos de Dona Denise a surpresa porque nos recordamos dela e das histórias sobre as estrelas que ela nos contou foi um verdadeiro deleite pra nós. Já pararam pra pensar como nos acostumamos a não ser vistos e nem lembrados? Acabamos nos acostumando com os maus costumes. Mas nós, que nos lembramos, a presenteamos com um vasinho de flor e tiramos uma foto juntos, que ela, tímida, nos pediu para que lhe déssemos uma cópia no próximo encontro.
Encontramos uma miniatura da Elisa Betana, a pequenina veio ao nosso encontro com cintura de mola e pura simpatia, dançava empolgada de um lado para o outro, com um vestido igual o da Elisa - mas ao contrário. Um feliz encontro de princesa e rainha!
Fotografamos o encontro real e depois a pequena seguiu com sua mãe rua a cima e Betana ficou com um largo sorriso rua a dentro.

Na esquina da Rua Alfredo Pujol, Elisa Betana fez da vitrine da famosa lanchonete uma caixinha de música, com direito a Pamplona de bailarina e bolinhas de sabão sopradas pela Rolha e por Claudius - que ficou escondidinho atrás de uma pilastra deixando o ambiente com aparência totalmente feminina. Foram muitos os encontros... O Dono do Pedaço - o rapaz que cuida das vagas e carros da rua e que queria nós dar uma caixinha e se surpreendeu quando tiramos uma caixinha de veludo do bolso, dizendo que já tínhamos a nossa. Conhecemos também o Julio, que estava pedindo água em uma loja, quando a vendedora nos disse que ele precisava de remédio, talvez umas dez bolachas bem dadas para melhorar, coincidentemente havíamos ganhado cada um, um pacotinho de amostra de bolachas, e como uma boa doutora das necessidades alheias Elisa Betana retirou seu pacote e lhe ofereceu, logo todos seguiram seu ato e ofereceram suas bolachas ao rapaz que saiu rindo, declinando as bolachas. E assim fomos acabando nosso dia, com mais uma linda bagagem de encontros e reencontros, com os ânimos e as expectativas afloradas para a festa futebolística que acompanha nossa cultura e o gostinho de poder retornar para mais historias. Afinal foram alguns tantos Amigos.. Colegas... Seres Humanos Palhaços! E desta vez as pessoas se despediam de nós, perguntado quando voltaríamos, pois havíamos feito falta.


Como diria Chico Buarque na canção:
“Criar raiz e se arrancar. Hora de ir embora quando o corpo quer ficar...”

 Até breve Santana!
Voltaremos...


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