quarta-feira, 26 de junho de 2013

Camelo Urbano e DuNavô



São Paulo, 31 de maio de 2013

Manhã fria, nublada, com cara de chuva.

Quatro camelos entre em nós. 
Nós: -Prazer, Trupe DuNavô!
Eles: -Prazer, Camelo Urbano!
Nós: -Camelo Urbano? Que diferente, de onde vem esse nome?

Muita história a ser contada...

Nós: -Quem são vocês? Ah, querem saber quem somos nós? Qual é o projeto? 

Nós: -É, encontros! É a isso que se resume o nosso projeto e as nossas vontades. Tem coisa mais importante na vida do que os encontros? E pensar que cada um aqui nasceu de um encontro... Olha, se deixar vamos ficar aqui falando sobre encontros o dia todo... Sabe que tem um poema, não me lembro bem de quem é, mas que diz que “a vida é a arte do encontro, embora haja tanto desencontro nessa vida”. É bonito, né?! O nosso projeto é entender e mergulhar na potência dos encontros que a vida nos oferece.


Começamos o dia nos contando, e contar é se ver, é pôr os olhos sobre si mesmo pra entender quem se é, a partir de quem se foi.

E falando começamos a relembrar encontros. E ouvindo fomos descobrindo aquele encontro que se oferecia numa manhã chuvosa nos arredores da Santa Cecília... Não vamos falar aqui sobre o projeto do Camelo Urbano – isso seria indiscreto da nossa parte, ficar aqui contando que o projeto deles é sobre intervalos, que eles querem pesquisar o que acontece nos intervalos das vidas – o trajeto entre casa e trabalho, casa e escola, etc. Não poderíamos ficar aqui dizendo que o projeto deles é se debruçar sobre isso. Afinal, o projeto é deles.

Vimos alguns vídeos e falamos sobre intervenções, sobre clown clandestino, sobre ir à rua e o que as pessoas esperam de nós. E também sobre o que esperamos das pessoas. Chegamos a conclusão de que expectativas podem gerar frustrações, então resolvemos ir ás ruas tentando não criar expectativas sobre a nossa presença. Vestimo-nos, os sete, de um jeito que não fosse chamar, já de cara, muita atenção... Mas obviamente, sete palhaços andando juntos chamam atenção querendo ou não!
A mestra propôs que mantivéssemos um corifeu fixo – sabe corifeu? Aquele cara que se destaca do coro e vira o “líder”? A mestra indicou a Pamplona, que odiou a ideia, porque acredita que não sabe mandar, ai nós rimos e ela nos mandou ficar quietos e segui-la. A seguimos pela rua, brincando de paralisar instantes. E como é difícil descobrir o instante exato de fazer algo juntos, os impulsos ás vezes são puxados para lados diferentes. E o líder foi sendo ignorado e se esquecendo de liderar... Liderar é difícil! Exige lembrança de que há alguém esperando ser liderado e é uma linha tênue que separa liderados e liderança...

Precisaremos nos dedicar mais a esse assunto num próximo dia, é um tema que pede para ser explorado com mais tempo. E tempo a gente só vai ter num próximo encontro!
Esse encontro acabou, corremos pro Galpão do Folias, tentando ser o mais rápidos possível. Mesmo com os faróis que se fechavam,  bebês que nos paravam, os poetas de rua, os carros que precisavam ser empurrados, conseguimos voltar a tempo para o nosso tempo previsto.

Nos reunimos, trocamos breves relatos da sensações do dia e desse encontro e nos despedimos.

Quanta coisa acontece depois das despedidas?

Bom, isso é assunto para outro texto!





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